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Novato na CMS: ‘Não tinha condição moral de fazer oposição a Bruno Reis’, diz Penalva

Publicado em: 30/12/2020

por Matheus Caldas

Novato na CMS: 'Não tinha condição moral de fazer oposição a Bruno Reis', diz Penalva

Foto: Divulgação

Novato na Câmara de Vereadores de Salvador, o vereador eleito para a próxima legislatura, Emerson Penalva (Podemos), já causou polêmica mesmo antes de assumir a cadeira no Legislativo soteropolitano ao declarar publicamente que iria integrar a bancada do próximo prefeito Bruno Reis (DEM), mesmo sendo de um partido que, até então, era oposição na Casa por ser ligado à base do governador Rui Costa (PT) (leia mais aqui).

 

O parlamentar, contudo, diz que, por ter relações pessoais com Bruno, não teria como fazer oposição a ele. “Eu já declarei que não teria condição moral de fazer oposição a Bruno Reis. Reconheço que é uma situação atípica, mas não tenho como fazer oposição. Não só por ter relação, mas conhecer o histórico, a capacitação que ele teve nesses anos como secretário, deputado, vice-prefeito”, pondera, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Ambos se conheceram em 1998, quando foram assessores parlamentares na Câmara Municipal. Penalva trabalhava no gabinete de Bacelar (Podemos), então vereador por Salvador. “São 22 anos de amizade, de relação. No início dos anos 2000, Bruno já foi convidado para trabalhar com ACM Neto, que foi eleito deputado. Continuamos tendo a relação de colegas de idade próxima”, explicou.

 

Mesmo com a polêmica, no entanto, Penalva diz que vai tentar ter uma boa relação com todos os colegas vereadores. Antes de declarar apoio a Bruno, ele consultou o ex-chefe, Bacelar, presidente estadual do Podemos, com quem trabalhou até 2005. “Ele entendeu a minha situação. Me pediu que eu buscasse o melhor para a cidade e que entendia muito o posicionamento. Mas que o partido continua na base de Rui”, conta.

 

“Sou novato. Alguns vereadores da base, em geral, já tive relações com a história política. Tenho relação muito superficial ainda. Mas, na Câmara, eu me vejo como colega e quero ser um bom colega. Tenho certeza que terei boa relação com todos. Vamos respeitar as diferenças ideológicas e de partido, mas pretendo ter colegas que irão buscar o objetivo de trabalhar pela cidade”, acrescenta.

 

HISTÓRIA NA POLÍTICA
A caminhada de Penalva com o mundo político se iniciou ainda antes de ter entrado como assessor na Câmara. Natural de Esplanada, no litoral norte e agreste baiano, ele tem familiares com credenciais históricas. Sua avó foi a primeira vereadora da sua cidade natal, onde cumpriu nove mandatos. Ele já teve avô deputado estadual por Sergipe, bisavô deputado pela Bahia e tio vereador também em Esplanada. Apesar disso, ele conta que nunca havia pensado em concorrer à eleição. 

 

“Eu, no início, não tinha desejo de me candidatar. Quis conhecer um pouco do segmento privado. Tive um amadurecimento suficiente como pessoa e chefe de família. Isso foi importante pra mim e minha família. Em 2018, com estímulo de amigos”, relembra, explicando que, após deixar o trabalho com Bacelar em 2005, tocou a carreira na iniciativa privada.

 

Mesmo de longe da política, contudo, Penalva diz que seguiu trabalhando internamente. “Deixar eu nunca deixei. Sempre segui conversando, tendo contato, trabalhando nas articulações”, ressalta.

 

O vereador foi eleito com 9.129 votos, oitavo colocado entre os mais votados. 

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