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Bolsonaro pediu a contatos para atacar STF e TSE; veja mensagem

Publicado em: 22/8/2023

Texto insinuava fraude na eleição e tinha críticas ao ministro Luís Roberto Barroso

O então presidente Jair Bolsonaro solicitou a um empresário para “repassar ao máximo” uma mensagem que insinuava, sem provas, uma fraude do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do ano passado. O texto ainda continha ataques ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

 

mensagem consta em um relatório da Polícia Federal (PF) sobre conversas do fundador da Tecnisa, o empresário Meyer Nigri, que recebeu o texto em junho do ano passado. Bolsonaro tinha o hábito de mandar a mesma mensagem para diversos contatos, o que indica que o mesmo texto possa ter sido enviado para outras pessoas.

Em junho do ano passado, um contato identificado como “Pr Bolsonaro 8” — que a Polícia Federal (PF) afirma ser do ex-presidente — enviou a Nigri uma mensagem afirmando que cometeu “interferência” e “desserviço à democracia” por atuar contra a adoção do voto impresso. O texto ainda afirma, sem provas, que o Datafolha estaria “inflando” os números do então pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva para “dar respaldo” ao TSE.

Ao final, a mensagem dizia: “Repasse ao máximo”. Nigri, então, respondeu: “Já repassei pra vários grupos!”.

A PF afirma que a mensagem tinha “conteúdo não lastreado ou conhecidamente falso (fake news), atacando integrantes de instituições públicas especialmente Ministros do STF, desacreditando o processo eleitoral brasileiro”

O trecho da conversa entre Bolsonaro e Nigri foi utilizado como justificativa pelo ministro Alexandre de Moraes para prorrogar uma investigação contra o empresário.

Investigação arquivada

Na segunda-feira, Moraes arquivou uma investigação seis empresários por trocarem mensagens de cunho golpista em um grupo de WhatsApp. O ministro, contudo, prorrogou a apuração contra Nigri e outro alvo, Luciano Hang.

Na decisão, Moraes ressaltou um trecho que afirma que “restou evidenciado que cinco, das seis contas analisadas, pertencem aos familiares dos empresários” e que por isso não haveria “interesse direto para a investigação em comento”.

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