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BROTAS DE MACAÚBAS – A GENTE QUE FAZ – OPOSIÇÃO PODE SE UNIR E INCENDIAR O TABULEIRO DA POLÍTICA BROTENSE

Publicado em: 08/1/2024
Todas as informações contidas neste artigo são baseadas em depoimentos colhidos da população local, de forma extraoficial, e comentadas pelo colunista em caráter livre e opinativo. 

Quem diz que o ano começa de verdade depois do carnaval, decerto não conhece Brotas. Por essas bandas, 2024 chegou com o pé na porta e os primeiros dias de janeiro incendiaram a cidade. Não pelo sol a pino do verão, mas sim pela notícia da hora que dá conta de uma provável aliança entre o PDT e o PT, na disputa das eleições municipais de outubro. O fato novo bagunçou as previsões e cria novos horizontes até então inimagináveis. Vamos conversar sobre isso.

A princípio, a notícia da união de forças dos dois partidos já era comentada há dias por algumas pessoas nos quatro cantos do município. Aqui mesmo no BN, há pouco, a matéria veio à baila, provando que o boato está prestes a se tornar fato. Ao juntar as pré-candidaturas de João Paulo e Edilson, o cenário modifica-se e deixa de ser agridoce para o lado da situação, que, a partir de agora, terá um oponente forte para derrotar pensando em uma eventual reeleição. Vamos falar dos movimentos das duas forças e saber qual delas tem mais chances.
UNIÃO PDT-PT: A REPRESENTATIVIDADE DO ATO E OS DESAFIOS IMPOSTOS
Não vou tentar especular os motivos que levaram à aproximação dos dois partidos oposicionistas, tão somente me aterei nas consequências advindas desse enlace. Ao olharmos os números frios da última eleição, e supondo que todos os eleitores que escolheram Júnior ou Edilson em 2020 votariam de novo nesses, a chapa PDT-PT largaria com 3.815 votos. Estaria eleita! Simples né? Nem tanto. Essa conta só funciona na matemática, pois na política há inúmeras variantes. A primeira coisa a ver seria: quem será o cabeça da chapa? E o vice?
Uma coisa de cada vez. O cabeça da chapa fará diferença total nessa empreitada, então, falemos dele. Supondo que seja Edilson o candidato majoritário, a chapa tem maiores chances de êxito. Explico! Entre Dr. Kleber, Edilson e João Paulo, Edilson é o que tem menor rejeição. João Paulo, mesmo nunca se candidatando a prefeito, está em um partido que tem forte rejeição por uma parcela significativa da sociedade; e em Brotas há muitas pessoas encampando essa bandeira. A rejeição, nesse caso, é também pelo partido, já o PDT e o PSD não têm esse problema. Ou seja, não importa quem o PT escolha caso fosse o cabeça de chapa, essa pessoa teria que lidar com essa rejeição.
Existe uma camada de eleitores de Edilson que até pouco tempo votava com Dr. Kleber. Esses eleitores são, antes de tudo, anti-petistas. Portanto, se o candidato da frente for do PT, tais eleitores não irão votar na chapa e voltarão para os braços do doutor. Ter o PT na segunda posição é essencial para frear os ânimos dos contrários ao partido de Lula e conglomerar votos preciosos para a oposição sonhar com a cadeira executiva.
E SE O PT FICAR COMO VICE, QUAL NOME INDICARÁ?
Cogita-se, a boca miúda, que o PT, caso fique com o segundo posto, indicará o nome de Eliene Ferro, ex-primeira dama e esposa do ex-prefeito Júnior. De cara, parece-me um acerto da sigla. Eliene, além de ser mulher, equilibra a chapa, e ainda conta a admiração de muitas pessoas em Brotas, sobretudo do eleitorado feminino, onde junta a esse público, anos atrás, empreendeu e ajudou a manter a Associação de Mulheres Brotenses (Casa da Mulher), ONG essa muito respeitada no município. Ademais, Eliene tende abarcar o eleitorado do seu marido, cujo o qual se mantém fiel em grande proporção.
AS BAIXAS  COMEÇARAM
 
Em um áudio bastante compartilhado através do WhatsApp, o vereador Tércio Souza, do PDT, rompeu sua parceria com o pré-candidato do PT, João Paulo. Segundo pessoas próximas, o fato ocorreu devido a queixas do vereador pedetista em relação à condução do candidato do PT. Tércio sentiu-se excluído do grupo e retirou seu apoio.
E O GRUPO DA SITUAÇÃO COMO ENXERGA TUDO ISSO?
Do lado da situação, noto um certo espanto com essa união PDT-PT; talvez não contavam com tal movimento. De forma gradual, é certo que Dr. Kleber e seu pessoal buscarão iniciativas que diminuam possíveis riscos dessa parceria. Com seu governo avaliado de médio para bom, o prefeito deverá intensificar a divulgação dos seus feitos e terminar obras antes do período eleitoral. Espera-se para esse ano uma prefeitura mais atuante e bem presente na divulgação da agenda positiva da gestão. Também ficará mais evidente propostas de adesão de antigos desafetos para participarem do governo. Nada de errado! A política é um jogo, e ganha quem melhor joga. Sem pieguice.
QUEM SERÁ O VICE DE DR. KLEBER? 
Talvez poucos fazem essa pergunta por achá-la óbvia e boba. Incautos quem pensa assim. O vice do doutor pode ser o fiel da balança nessa disputa. E com todo o respeito que devoto ao senhor Orlando Rodrigues, que tanto já contribuiu para a política do município, creio que uma mudança nessa cadeira seja salutar. Claro, pensando em alguém que queira ganhar a eleição. E engana-se quem pensa que na gestão atual não se tem nomes de peso e prontos para ser o número 2 do governo. Inclusive, no próprio secretariado há um nome certeiro. Mas, isso é conversa para outra hora…
E DEPOIS DE TUDO ISSO, QUEM LARGA NA FRENTE?
 
Difícil dizer! Não me chame de mureteiro, é que o trem ficou complicado mesmo. Contudo, posso afirmar que a eleição em Brotas não será favas contadas. Diante do cenário de hoje e caso ele se mantenha, absolutamente ninguém poderá cravar quem leva essa disputa. Quiçá mais para frente, quando a campanha iniciar, dê para apontarmos o vencedor. Eu juro que farei, se conseguir enxergar. Daí desço desse muro. Em tempo, para quem gosta de emoção, acompanhar e política de Brotas será um belo de um programa de entretenimento.

Fotos Reprodução
Por Rôney Araújo
Da Redação, 06/01/2024
Fonte:Brotas News
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